Promover educação permanente de pesquisadores e outros profissionais da saúde interessados no tratamento ético e legal de dados em pesquisa. O enfoque do conteúdo é fundamentar a proteção dos dados pessoais e a aderência às normas vigentes de pesquisas envolvendo bases de dados biomédicos. Pretende-se proporcionar um entendimento das práticas em pesquisa que utilizam dados sobre saúde, contextualizado nas legislações aplicáveis, nas normas de segurança da informação, nas exigências éticas e legais que envolvem pesquisas na saúde.
O avanço das tecnologias de informação e a crescente digitalização dos dados de saúde impõem novos desafios e responsabilidades para os pesquisadores na área da saúde. A proteção desses dados tornou-se uma questão crítica, dada a sua sensibilidade e o potencial de violações de privacidade. A necessidade de compreender e aplicar eficazmente a legislação vigente, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), e as práticas de segurança da informação é indispensável para garantir a integridade e a confidencialidade dos dados tratados. Além disso, a ética na pesquisa requer uma atualização constante dos profissionais envolvidos para enfrentar dilemas emergentes e garantir a confiança do público. Por isso, a formação em Tratamentos de Dados em Pesquisa na Saúde é essencial para capacitar pesquisadores e profissionais a conduzirem estudos de maneira responsável e segura.
O Centro de Inovação em Inteligência Artificial para a Saúde (CI-IA Saúde) foi criado em 2022, através de um acordo de parceria firmado entre instituições públicas, privadas e agências de fomento. Com sede na UFMG, visa a pesquisa e o desenvolvimento de soluções avançadas de IAS, capazes de auxiliar profissionais de saúde no diagnóstico e tratamento de doenças, e orientar gestores de saúde na programação de ações de prevenção e organização da assistência à saúde. Isso permitirá a otimização dos recursos e melhora da atenção à saúde da população no Brasil. O Plano de Educação e Difusão do Conhecimento do CI-IA Saúde propõe fomentar a apropriação de um conjunto de competências para o uso eficiente e ético de ferramentas próprias da saúde digital, em especial as que envolvem a IAS. Através da educação para saúde digital, formação de pessoas e do desenvolvimento tecnológico com foco em inovação, a abordagem ampla prevê ações nos vários segmentos da sociedade que necessitam de formação nesta área. Espera-se alcançar desde a população em geral até os profissionais de saúde que ainda veem as ferramentas computacionais, tecnológicas e de robótica como distantes e intangíveis na sua formação e na vivência da assistência.